quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Olhos e Olhares

Falam mais os olhos que nada dizem,
Que as conversas que de nada valem,
E por mais que improvisem,
São os olhos que as melhores rimas fazem.

Verdadeiros são os olhos que não mentem,
Que sem receio mostram o que sentem,
Espelho da alma, reflexo do coração,
Expressam em si, o sentimento de paixão.

Mas nem só de amor falam sem nada dizer,
Profundos como o oceano contêm a essência do meu ser,
Choram de tristeza quando esta predomina,
Mas rejubilam de alegria, quando esta germina.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amo-te.

Amo-te contra a vontade,
Contra a razão.
Amo-te de verdade,
De alma e coração.
Amo-te profundamente,
E cada vez mais.
Amo-te cegamente,
mesmo não sabendo para onde vais.

És amor forte,
embora não me conforte.
És amor firme,
e sem ti não consigo sentir-me.
És amor triste,
a que o meu coração não resiste
És simplesmente amor,
em todo o seu esplendor.

Amar-te não é apenas bom,
é algo mais, é um dom.
Amar-te nem sempre é o melhor,
mas és alguém que necessito sentir ao meu redor.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Puro Sentimento

Há coisas que por mais que tentemos, não conseguimos explicar,
São os inúmeros textos que escrevemos que assim me fazem pensar,
será que algum dia conseguirei descrever o que me fazes sentir,
A razão pela qual um simples "olá" teu me faz sorrir?

Não sei, não sei mesmo, mas uma coisa eu sei:
és uma parte de mim que após muitos anos encontrei,
longe de mim, mas nunca distante,
apesar de tudo, foste, és e serás, constante,
A constante por entre variáveis na equação do meu futuro,
o meu abrigo durante tempestades, o eu porto seguro.
Como tudo na vida, o que nos une não foi um mar de rosas
foi também razão pela qual escrevi palavras tristes de sensções dolorosas,
também elas muito importantes para fortalecer a nossa união,
para a cada momento, unir mais em um só, o nosso coração.
Não meu, não teu, nosso simplesmente,
bate como um só desde sempre
bate, bate, mantendo assim vivo o sentimento,
bate, bate, disfrutando assim de cada simples momento
desses pequenos instantes que ficam presentes na memória
dos capítulos que um a um, acrescentamos ao livro da nossa história.
Do pouco que disse, muito mais há por dizer,
não por palavras, não por gestos, mas por viver,
seguir em frente rumo a um destino incerto,
tendo como única certeza, que mesmo longe, estarás sempre por perto.

Cansaço

Sinto-me cansado.
Os ombros parecem carregar o peso do mundo,
e eu, cansado,
fecho os olhos por um segundo,
luto para não adormecer
mas a luta é em vão,
e adormeço, descanso então
e quem sabe, talvez veja o amanhecer.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Viagem

Sigo viagem, por uma qualquer estrada,
O destino agora não é importante,
Importantes são as vistas desta jornada,
A paisagem verdejante
Inspira-me o ego,
Agradeço então por não ser cego
E poder ver,
Apreciar o mundo que me rodeia,
Como este se transforma,
Ver o mais pequeno grão de areia
Ser trabalhado, ganhar forma,
Numa metamorfose pré-fabricada,
Que tem tanto de certa como de errada.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Felicidade (?)

Felicidade, onde estás?
Quem és, o que fazes?
Onde te escondes nas fazes más?
E nas boas, que trazes?

Farás tu parte de nós
Mesmo quando não te sentimos?
Será que nos acompanhas, quando estamos sós
Quando nos isolamos, quando reflectimos?

Desculpa-me tantas perguntas, felicidade
Mas esta ausência de ti
Provoca-te este sentimento de ansiedade,
De aperto no coração, como nunca senti.

Por vezes, sinto-me fraquejar,
Sinto-me só no meio de multidões
Sufoco, falta-me o ar
Porque és tu o ar que me enche os pulmões.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Diálogo de Amor

Olha-me fundo nos olhos,
Diz-me o que vês, diz!

Olhando-te fundo nos olhos,
Vejo um objectivo, ser feliz!

Ser feliz dizes tu, como?
Quando cada vez
Se torna mais difícil respirar,
Quando tu não vês
O quanto sofro por te amar?

Dizes que não vejo o teu sofrimento,
Julgas-me insensível,
Que te vejo como um instrumento,
Mas dizes amar-me, como é possível?

Amo-te, pois claro!
E custa-me dizer de tal forma
Que quem te ama, paga caro,
Essa, essa é a tua norma.
Meiga, doce, envolvente
Assim vais entrando sorrateiramente
Por ti caí de amores,
Num breve instante
E por ti sofro horrores
Por seres assim, cruel, fria, distante!

Cruel, fria, distante,
Acusas-me tu de ser,
Alegas por mim sofrer,
Algo deveras intrigante,
Porque quem se distanciou não fui eu,
Foste tu que agiu, como quem de mim se esqueceu!

Como querias tu, ah,
Que contigo gastasse o meu latim
Tu, foste tu que me fizeste assim,
Duro e frio, tal como foste para mim um dia,
dia em que me desprezaste, me roubaste a alegria
De viver, de sorrir
Senti-me só, quis fugir
Para um lugar longe do mundo
E tudo isso valeria a pena
Se te conseguisse esquecer por apenas um segundo.

Lamento, saber assim da tua agonia
Acredita que a partilho, talvez em demasia..


Em demasia, dizes tu partilhar da minha agonia
Desculpa, mas dizer que acredito
Era abusar da ironia!

Será assim tão difícil para ti
Acreditares no que te digo?
Apesar de tudo, foi do amor mais forte que senti
Amor puro, amor de amigo.

Vens-me tu agora falar de amizade
Quando choro noites inteiras de saudade
A mais lusitana das palavras,
Um sentimento que não mata, mas moi
Esta ausência de ti, que tanto me dói?
Não tens o direito a fazer-me cobranças
Logo tu, que me alimentaste as esperanças,
Que brincaste comigo,
Vens agora dizer-me que me amas como amigo?

Desculpa, talvez tenha sido injusta
Mas errar é humano, e eu não sou excepção
Longe de mim divertir-me à tua custa
Quanto mais magoar teu coração...
És alguém por quem tenho uma estima infinita
Com quem tinha uma amizade especial
Uma amizade bonita
Mas parece que interpretei mal
Que não era apenas amizade o que sentias,
Mas se assim era, porque não o admitias?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Sol Brilha

O sol brilha, aquecendo a minha alma,
O meu corpo, a minha mente,
Fazendo correr por mim um sentimento de calma,
Uma calma acolhedora e sorridente,
Que percorrendo as minhas veias
Me faz divagar, por entre mares de ideias.
Ideias soltas, ideias pegadas,
Ideias certas ou talvez erradas
Mas ideias, que me fazem sentir vivo,
Que estou aqui por algum motivo.
Existem dias em que procuro essas respostas,
Mas não agora,
Que os raios de sol me bronzeiam as costas
Numa pacífica e relaxante hora,
Hora essa que tirei só para mim,
Para todos os meus pensamentos,
Relaxando assim
Por breves momentos,
Momentos em que me isolo como uma ilha,
Simples momentos, em que o sol brilha.

domingo, 2 de maio de 2010

Ri

Acordei e ri.
Porquê ao certo não sei,
mas... ri, disso eu sei
e mesmo não sabendo a razão
ri.
Porquê? Porquê não?
Talvez da solidão
de acordar só sem mais ninguém
rio-me de mim, que mal isso tem?

sábado, 1 de maio de 2010

Não sou poeta

Não sou poeta, nem nunca quis ser,
pois poeta é quem vive para escrever,
e eu, mais não faço que escrever o que vivo,
da escrita não sou cativo
embora cative com a escrita,
temo que a escrita em mim não acredita.

sábado, 20 de março de 2010

Para ti, Música

Elevas-me a outro nível espiritual,
Sinto-te como base do meu bem-estar mental,
Transportas-me para outras dimensões
Outros universos repletos de novas emoções
Dás-me a conhecer planetas desconhecidos,
Isto apenas ao me sussurrares aos ouvidos,
Acompanhas-me mesmo quando penso estar sozinho,
És quem me guia quando não sei o caminho,
Estás mais do que presente, és constante,
És mais do que amiga, és amante
E é amor em estado puro este que nutro por ti,
É diferente de qualquer outro amor que já senti,
É para ti música, cada palavra que escrevi.

É contigo que DJ’s incendeiam pistas de dança,
Até há quem ao ouvir-te o clímax alcança,
Orgasmo musical de intensidade extrema,
Sem posições de kamasutra, a coreografia ou esquema,
Meio de comunicação e divulgação de ideias,
Onde MC’s te usam para recitar suas epopeias,
Adaptadas à actualidade onde co-existimos,
Onde nem sempre expomos o que sentimos,
Oprimidos, por uma sociedade demasiado crítica,
Amarga, com elevada acidez cítrica,
Censuram tudo o que conseguem avaliar,
O resto como não sabem tendem a inventar,
São mentes desocupadas que falam sem saber,
E contigo música, têm muito que aprender.

Discriminação não consta do teu dicionário,
Preferiste faltar a essa aula de vocabulário,
Abominas qualquer tipo de preconceito,
Para ti somos todos iguais temos um coração no peito
Quanto ao meu, bate bem forte cá no fundo,
E eu, não te deixaria nem que acabasse o mundo.